A cor laranja do PSD parece bem mais apetecível do que o azul e amarelo do CDS/PP. Idalina Sá e Olga Sequeira, duas autarcas eleitas pelo CDS em anteriores mandatos que o digam. Ambas constam de uma série de nomes referenciados na candidatura dos social-democratas pelo concelho da Calheta. Os dirigentes e militantes do Partido Popular tentam recuperar do abalo infligido pelo PSD.
Nesta espécie de mercado de transações, seriam consideradas duas 'transferências a custo zero'. Idalina Sá tal como Olga Sequeira terminam os mandatos em Outubro próximo e estão livres para assinarem para outro partido.
A atitude da duas, no entanto, deixou José Manuel Rodrigues perplexo, ao ponto de manifestar a sua estranheza pelo facto do partido da maioria "precisar de buscar pessoas aos partidos da oposição". Mais, diz que isso "só revela a fragilidade de formação de quadros políticos no PSD".
A colaboração nas Juntas de Freguesia dos Prazeres e Fajã da Ovelha parece ter os dias contados, pelos menos nos mesmo moldes que vinha sendo efectuada por ambas as 'independentes'. Agora, aquilo que é considerado uma "fuga" para o campo do adversário tem deixado alguns militantes de cabelos em pé sobretudo porque contavam inclui-las num lugar de maior destaque.
Apesar do rude golpe, José Manuel Rodrigues desconfiava já da mudança de camisola e, ao DIÁRIO, tentou desvalorizar o desvio de Idalina Sá e de Olga Sequeira: "Para a maioria do cidadão comum pode ser estranho, anormal até, mas para os dirigentes políticos não", afirma. Para o líder esta troca de partidos não o impressiona de todo, desde que não haja interesses por detrás, assegurando que "muitos mais foram assediados e recusaram".
Notícia retirada da edição do Diário
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