domingo, 20 de dezembro de 2009

Só um presidente de Junta compareceu à Assembleia

Data: 20-12-2009
Apenas um presidente de Junta compareceu à Assembleia Municipal da Calheta, insolitamente realizada num sábado e estranhamente agendada para a mesma hora das Assembleias de Freguesia. Daí que foram muitas as ausências entre os eleitos, nomeadamente de presidentes de Junta.

Somente José Manuel Paulo, presidente da Junta de Freguesia do Arco da Calheta, optou por estar presente no órgão municipal, em detrimento da 'sua' Assembleia de Freguesia. Já os restantes sete autarcas de freguesia deste Município, também eles todos eleitos pelo PSD, optaram por ficar nas 'suas' freguesias, fazendo-se por isso representar pelo seu substituto legal na Assembleia, agora liderada por Rocha da Silva.

Nesta sessão com muitas 'caras novas', esteve em destaque a ratificação do Orçamento e Plano, que em vez de ser colocado à votação em separado, foi votado em simultâneo. Mereceu uma vez mais a aprovação da maioria PSD, enquanto que a oposição - CDS-PP e PS - se absteve. Para 2010 o executivo de Manuel Baeta orçamentou cerca de 18,5 milhões de euros. Na agenda constava também uma nova proposta de Regimento, que foi aceite por todos os partidos com assento parlamentar, embora com uma adenda de última hora, sobre a recolha de imagens, que só poderá ser feita com prévia autorização do presidente da Mesa.

O consenso também imperou na aprovação do Mapa de Pessoal, na nomeação dosrepresentantes na Comissão de Protecção de Crianças e Jovens e na criação de uma tarifa especial relativa ao consumo de água potável.

Antes da ordem do dia aspectos da vida concelhia dominaram as intervenções de alguns dos deputados municipais.

Baeta tenta impedir cobertura jornalística
Momentos antes de formalmente ser dada aberta a sessão, e quando o jornalista do DIÁRIO fotografava os autarcas presentes da reunião pública, o presidente da Câmara, visivelmente incomodado com a nossa presença, insurgiu-se contra a legitimidade da captação de imagens, pese embora este fosse um acto público, de interesse público e apenas composto por figuras públicas, como são os autarcas. Manuel Baeta tentou mesmo limitar o trabalho jornalístico, procurando inclusive tirar satisfações, metendo na 'alhada' o próprio presidente da Assembleia, que de forma diplomática, 'deitou água na fervura', não se opondo à recolha de imagens. Insatisfeito, Baeta ainda quis se opor a poder ser fotografado no acto público, lançando um intimidatório: "Você é alguma autoridade?".
Notícia retirada da edição do Diário

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